16 de outubro de 2011

Concerto de Lançamento da Turnê Internacional

Data: Domingo, 23 de Outubro de 2011
Horário: 11h
Local: Teatro Escola Basileu França – Avenida Universitária, nº 1750, Setor Leste Universitário.
Entrada: R$10,00 (meia-entrada – R$5,00 – para idosos e crianças de até 10 anos de idade)

A Orquestra Sinfônica Jovem de Goiás convida a todos para o Concerto de Lançamento de sua primeira turnê internacional, que acontecerá dia 23 de Outubro, domingo, às 11:00h da manhã, no Teatro Escola Basileu França em Goiânia-GO. Os ingressos custam 10 reais (meia-entrada – R$5,00 – para idosos e crianças). Os recursos arrecadados neste concerto serão destinados ao pagamento de parte das despesas da viagem.

Essa primeira turnê internacional acontecerá entre os dias 30 de outubro e 04 de novembro, com um total de 08 concertos nas cidades de Granada, Barcelona, Vila-Seca, Lleida e Girona. Os concertos acontecerão em importantes espaços como o Auditório Enric Granados em Lleida, o Auditório Josep Carreras em Vila-Seca e o célebre Palau de la Musica Catalana em Barcelona, uma das salas de concertos mais importantes da Europa.

Quase todos os espaços estão com os ingressos já esgotados. Em Barcelona (Palau de la Musica), os ingressos se esgotaram em menos de 72 horas, formando uma fila de espera de quase mil pessoas, o que obrigou a orquestra a realizar um concerto extra às 21:30.

Nos concertos da turnê, os ingressos estão sendo trocados por alimentos não perecíveis. Os alimentos arrecadados serão distribuídos à população carente do país pelo Banco de Alimentos da Endesa. A Endesa está inaugurando na Espanha essa forma de unir cultura e solidariedade através da arrecadação de alimentos nos espetáculos, algo que conhecemos bem no Brasil. Vale lembrar que esse país passa por uma crise financeira sem precedentes.

A turnê da Orquestra Sinfônica Jovem de Goiás tem chamado a atenção da imprensa internacional. No final de semana passada, profissionais de vários veículos de comunicação espanhóis estiveram em Goiânia. Cinegrafistas e jornalistas da TV Antena3, dos jornais La Vanguardia, El Pais e Presencia, além do grupo Vocento de Comunicação, estiveram durante três dias em Goiânia gravando os ensaios e entrevistando os músicos da Orquestra Sinfônica Jovem de Goiás.  Na sexta-feira foram recebidos pelo Governador em exercício José Eliton para uma entrevista coletiva. Durante os 03 dias estiveram presentes também diretores da multinacional espanhola Endesa, patrocinadora da turnê.

É a primeira turnê internacional de uma orquestra de Goiás, e a 3ª de uma orquestra jovem brasileira, numa oportunidade única de mostrar nossa cultura fora do Brasil. 

A turnê da Orquestra Sinfônica Jovem de Goiás é patrocinada na Espanha pela multinacional Endesa, e no Brasil pela Endesa Brasil, que em Goiás controla a Usina de Cachoeira Dourada, através da Endesa Cachoeira Dourada.

As passagens foram adquiridas pelo Governo de Goiás, por meio de um jantar beneficente promovido nos jardins do Palácio das Esmeraldas pelo Governador Marconi Perillo.



Programa

ANTONIO CARLOS GOMES (1839-1896)
·      Abertura da ópera “Salvador Rosa”
·      “Sento uma forza idomita”, Cena e Dueto de Ceci e Pery, da ópera “O Guarany”

HEITOR VILLA-LOBOS (1887-1959)
·      O Trenzinho do Caipira, das “Bachianas Brasileiras nº 2

MOZART CAMARGO GUARNIERI (1907-1993)
·      Dança Brasileira

ARTURO MARQUEZ (1950)
·      Danzón nº 2

AMADEU VIVES (1871-1932)
·      Fandango de la sarsuela “Doña Francisquita”

PABLO DE SARASATE (1844-1908)
·      Arias Ciganas para Violino e Orquestra      

MANUEL DE FALLA (1876--1946)
·      Dança Espanhola, da ópera “La vida breve”

PAU CASALS (1876-1976) / MIQUEL ASINS ARBÓ (1918-1996)
Inst. de Antonio Alburquerque
·      El Cant dels Ocells

ARI BARROSO (1903-1964) / VALDIR AZEVEDO (1923-1980)
Arr. de Sergio Kuhlmann
·      Aquarela do Brasil / Brasileirinho


Solistas: Marcos Bastos – Violino
              Michel Silveira – Tenor
              Mábia Felipe – Soprano

Regente: Eliseu Ferreira

 A Orquestra Sinfônica Jovem de Goiás

         Fundada em 2001 para desenvolver habilidades artísticas e dar formação profissional a alunos de escolas públicas e particulares de Goiânia, a OSJG atualmente é responsável pela formação de 170 músicos, entre crianças, adolescentes e jovens. Eles recebem instrução prática, teórica e são beneficiados pelo Programa Bolsa Orquestra, uma contribuição mensal para cobrir os custos do estudo da música. Em 10 anos de atividade, cerca de 100 músicos se tornaram profissionais, atuando em várias orquestras e bandas do país. Alguns seguiram carreira acadêmica e hoje dão aulas em várias instituições do país, como a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e a Universidade Federal de Goiás (UFG). Além do Theatro Municipal do Rio, a Orquestra já fez apresentações em Teresópolis (RJ), Campos de Jordão (SP) e cidades goianas, ganhando algumas menções honrosas em suas apresentações. Os alunos são incentivados a participar de festivais e concertos, pois nestes eventos têm oportunidades de fazer contatos que podem facilitar o ingresso na carreira profissional.
O patrocínio da Endesa Cachoeira possibilitou a compra de instrumentos de sopro, o contrafagote e corne inglês. Até então, os alunos utilizavam instrumentos emprestados em apresentações e ensaios. Neste dois anos, a companhia investiu R$ 270 mil no projeto, que também recebe o apoio do Programa Bolsa Orquestra, lançado em 2005 pelo governo do Estado de Goiás para formação de novos talentos. A bolsa contribui para ajudar nas despesas dos músicos cujo perfil é 70% pertencente à classe C.
A Orquestra é ligada ao Centro de Educação Profissional em Artes Basileu França, uma escola estadual de nível técnico. Os alunos fazem parte de um projeto que dá a oportunidade de conhecer cinco linguagens artísticas diferentes - dança, música, artes cênicas, visuais e circense - e depois optar por uma delas. Em geral, ingressam aos quatro anos de idade e, aos 10, já definem o que preferem. É nesta idade que as crianças entram para Orquestra infantil, de iniciantes. Depois, passam pela B, e, entre 16 e 19, vão para orquestra A, de habilitação técnica profissional.
Quem já tiver passado dos 10 anos, pode participar de um processo de seleção para a orquestra jovem, com testes de aptidão e habilidade. Depois, o aluno interessado passa por uma audição onde uma banca de cinco professores, incluindo o maestro Eliseu Ferreira, decide se ele pode participar da orquestra ou não. Para freqüentar as aulas, o aluno deve ter disponibilidade para se dedicar aos ensaios que normalmente são às segundas, quartas e sábados.
Em 2011, 2.800 candidatos se inscreveram para aulas de música, que também incluem canto, choro e outros ritmos. Especificamente na orquestra, apesar de ser voltada para alunos do ensino fundamental e médio, há integrantes de até 35 anos. Mas como em toda regra há exceções hoje faz parte da orquestra o aluno Roberto Souza, de 64 anos. Em geral, são ex-alunos que não querem abandonar a prática.

Maestro Eliseu Ferreira

          Natural de Anápolis, o maestro é licenciado em Educação Artística, Bacharel em Clarineta e Mestre em Performance Musical pela Escola de Música e Artes Cênicas da Universidade Federal de Goiás. Estudou clarineta com o prof. Fernando Henrique Machado na Escola de Música de Brasília e com o saudoso prof. Luiz Gonzaga Carneiro na UNB. Estudou regência com o Maestro Emílio de César por vários anos. Participou de festivais, cursos de aperfeiçoamento, e master-classes no Brasil e no exterior, tendo aulas com renomados professores, dentre eles, Dante Anzolini, Roberto Duarte, Aylton Escobar, Kirk Trevor, Tsung Yeh, Tomás Koutnik, Neil Thomson, Frank Shipway e Kurt Masur. Participou de cursos de Regência em Zlin e Kromeriz, na República Tcheca e em Londres, Inglaterra (Royal College of Music e Royal Academy of Music). Atuou como regente nos seguintes grupos: Orquestra Filarmônica de Goiás, Orquestra Jovem de Goiás, Orquestra Planalto Central, Orquestra de Câmara de Goiânia, Camerata Vocal de Goiânia, Banda Sinfônica do CEFET-GO, Orquestra Sinfônica de Goiânia. Atuou como professor de Prática de Orquestra, Regência Orquestral e Regência Coral em alguns festivais de música no Brasil. Em 2010 recebeu o Diploma de Destaque Cultural do Ano pelo trabalho realizado em prol da música clássica em Goiás. Desde 2002 é o Regente Titular da Orquestra Sinfônica Jovem de Goiás, com a qual tem realizado um intenso trabalho didático e artístico, realizando séries de concertos na capital e em todo o Estado de Goiás, além de concertos no Distrito Federal e nos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro. É também regente da Orquestra de Câmara Goyazes desde o ano de 2008, grupo que já dirigiu também entre 1999 e 2003. Atua como professor regular de Regência no Centro de Educação Profissional em Artes Basileu França.


OS SOLISTAS

Mábia Felipe é Especialista em Performance Vocal,  Bacharel em Canto e graduada em Educação Musical pela Escola de Música e Artes Cênicas da UFG. Atua como solista em concertos com orquestras e coros interpretando obras de J. S. Bach, G. F. Handel, W. A. Mozart, F. Schubert, L.van Beethoven, Pe. José Maurício N. Garcia, A. Dvorák, G. Donizzetti, dentre outros. Apresentou-se em Máster Classes com professores de renome nacional e internacional, dentre eles: Ileana Cotrubas (Romênia), Klara Csordas (Hungria), Victoria Yevtiodieva (Rússia), Lélio Capilupi (Itália), Luis Tenaglia (Brasil), Kate Eberly (USA). Em seu repertório operístico interpreta personagens como: Fiordiligi, Pamina e Condessa de Almaviva (Mozart); Mimi, Musetta, Cio – Cio San (Madama Butterfly) e Lia (Puccini); Caterina (Mascagni); Ilara e Cecília (Carlos Gomes). Foi premiada no ano de 2008 com o segundo lugar no VII Concurso de Interpretação da Canção de Câmara Brasileira. Tem participações em CDs como Lento acalanto de Estércio Marques, Missa festiva em Lá b M de Fernando Cupetino e In Itinere, produzido pela Escola de Música da UFG, no qual interpreta a obra ganhadora da XVII Bienal de Música Contemporânea do Rio de Janeiro, composta pelo músico Paulo Guhicheney especialmente para sua voz.


Michel Silveira iniciou seus estudos musicais em 1992, quando ingressou no Curso Técnico de Canto do então Instituto de Artes da Universidade Federal de Goiás. Em 2003, concluiu o bacharelado na mesma escola, na classe do professor Angelo Dias.    Desenvolve intensa carreira como recitalista e camerista, com repertório voltado à canção de arte. Suas interpretações do Dichterliebe, de Schumann, de Songs of Travel, de Vaughan Williams, e de Les illuminations e de Abraham and Isaac, de Britten, receberam críticas entusiásticas.  Michel tem-se dedicado também como solista ao repertório coral-sinfônico, em obras como a Paixão Segundo São João e o Magnificat, de Bach; o Messias, de Handel; a Messa di Gloria, de Puccini, o Requiem, de Verdi; a Missa em Sol Maior, de Schubert; a Missa Solemnis in C e o Requiem, de Mozart; a Missa in tempore belli, de Haydn; o Oratório de Natal, de Saint-Saens; a Missa de Santa Cecília, de Gounod; e a Missa Creola, de Ariel Ramirez, dentre outras. É convidado regular do Coro da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (OSESP), tendo participado de várias programações especiais. No ano de 2000, integrou o elenco da ópera Così fan tutte (Ferrando), de Mozart, em Brasília. Em Uberlândia, nos anos de 2004 e 2007, participou de montagens da ópera Il Guarany (Peri), de Carlos Gomes. Cantou também, em 2006, na montagem de Gianni Schicchi (Rinuccio), de Puccini, realizada pelo Studio Ópera da Escola de Música e Artes Cênicas da Universidade Federal de Goiás. Em 2009 mais uma vez interpretou Peri na primeira e histórica montagem de Il Guarany em Assunção no Paraguai junto à Orquestra Sinfônica Nacional desse país e sob a direção do maestro italiano Francesco Grigolo. Consta ainda de sua atividade operística, cortinas líricas e recitais interpretando personagens como Lensky (Eugene Onegin), Alfredo (La Traviata), Don Otavio (Don Giovanni), Nemorino (L’elisir d’amore) e Fausto (Faust). Em 2003, recebeu o primeiro prêmio no Concurso Nacional de Canto promovido pela Universidade Federal de Goiás e, em 2004, participou do 5º Concurso Internacional de Canto Bidú Saião.

Marcos Bastos iniciou os estudos de violino com o prof. Dário José dos Santos, estudando depois com o prof. Othaniel Pereira de Alcântara Júnior.  Mais tarde ingressa no Curso Técnico da Escola de Música e Artes Cênicas da UFG (1999), onde dá segmento aos estudos de teoria e violino com o Prof. Alessandro Borgomanero. Iniciando em 2001 o curso de Educação Musical com habilitação em violino na EMAC-UFG, também sob orientação de Alessandro Borgomanero, participou também de aulas e master classes de violino com Daniel Guedes, Bernardo Bessler, Rodolfo Bonucci, Albrecht Breuninger, e de música de câmara com Fany Solter, Michael Udhe, dentre outros, e de festivais, notadamente o 37° Festival Internacional de Inverno de Campos do Jordão, 24º Curso Internacional de Verão de Brasília, o 14º festival de Música Colonial Brasileira e Música Antiga de Juiz de Fora – MG, se apresentando e também freqüentando aulas com os professores Omar Guay, Roney Marckzak, Ole Böhm (Noruega), e Paulo Bosísio. Atuou como solista com a Orquestra Sinfônica de Goiânia e a Orquestra de Câmara Goyazes. Em 2004 foi finalista no concurso de jovens instrumentistas FURNAS Geração Musical, onde participou, junto com os outros finalistas, da gravação de um CD com obras de compositores brasileiros. Ingressou, a partir do ano de 2008, na Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto (OSRP), onde atua por 2 temporadas (2008 e 2009) junto ao maestro Cláudio Cruz, com quem dá continuidade aos estudos de violino. Atuando como Spalla nesta orquestra, apresentou-se por duas vezes nos Festivais de Campos do Jordão (2008 e 2009) e Juiz de Fora (2008). No  segundo semestre de 2009 atuou também como chefe de naipe na OSTNCS, a convite do  maestro Ira Levin. Como professor, atuou na função de Monitor da disciplina de Violino, da Escola de Música e Artes Cênicas, exercendo um total de 312 horas, trabalhando com alunos de nível técnico e também graduação. Adicionalmente, a partir de 2008, desenvolveu trabalho didático dando aulas a músicos estagiários da OSRP.

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